OSMAR SERRAGLIO REFORÇA QUE MENSALÃO NÃO ACABARÁ EM PIZZA



O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPMI dos Correios que investigou o Mensalão e o apresentou ao Ministério Público Federal, hoje vice-líder do Governo na Câmara, reforçou nesta semana uma de suas frases mais importantes daquele período: “O Mensalão não acabará em pizza”. Ele disse que acredita que a justiça será feita condenando aqueles que devem ser condenados.

Sua frase de 2006 voltou a ser assunto nesta semana com mais uma condenação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, conhecido como o operador do Mensalão, a nove anos e oito meses de prisão pela prática dos crimes de sonegação fiscal e falsificação de documentos públicos. Ele e seus ex-sócios na SMP&B, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, foram acusados de reduzir o pagamento de impostos federais, omitindo receitas e prestando declarações falsas à Receita Federal.

Esta é a primeira condenação de Valério baseada nas investigações do esquema de propina petista apurado pela CPMI e a segunda em função de crimes cometidos pelo empresário para favorecer grupos políticos. No segundo semestre do ano passado, o lobista havia sido condenado a seis anos de prisão por prestar informações falsas ao Banco Central e justificar movimentações financeiras para campanhas tucanas. Nos dois casos o empresário recorre das sentenças em liberdade.

De acordo com a denúncia do MPF, enquanto comandava SMP&B, os sócios reduziam tributos e contribuições federais por meio de falsificação de documentos. A Receita Federal também detectou fraude que diz respeito à movimentação bancária efetuada pela empresa. Uma parte dos recursos era lançada como empréstimos para o Partido dos Trabalhadores.

RELEMBRANDO A CPI - Na ocasião, o Relator da CPI, deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), recolheu provas de que as empresas de Marcos Valério (SMPB e DNA) emitiam notas fiscais frias, sem que os serviços fossem executados, para sacar dinheiro que distribuiu a parlamentares. O episódio mais significativo foi o da VISANET, empresa ligada ao marketing do Banco do Brasil. Dentre outras, foi localizada uma nota de R$ 35,0 milhões que o Banco do Brasil pagou, sem que nenhum serviço tivesse sido prestado. Esses recursos foram distribuídos a parlamentares, através de Marcos Valério.

Quando a CPI solicitou os documentos de suas firmas, o empresário procurou ocultar os fatos, queimando documentos e refazendo toda contabilidade das mesmas. A CPI dos Correios realizou apreensão, em Belo Horizonte, de grande parte dos documentos falsos. Descobriu que havia talonários de notas com carimbos frios. Nem estavam contabilizados os empréstimos das empresas de Marcos Valério e do Partido dos Trabalhadores junto ao Banco Rural e ao BMG, cujos recursos também foram distribuídos aos parlamentares. O esquema ficou conhecido como o Valerioduto.

Segundo Osmar Serraglio, “a culminância de todo esse triste episódio ocorrerá neste ano, no maior julgamento da história do Supremo Tribunal Federal. O Congresso fez sua parte. Não acredito que haja pizzaiolo no Judiciário. O Supremo não irá decepcionar o povo brasileiro”, finalizou o deputado.

Vânio Pressinatte / da Assessoria

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