Fortalecer o PMDB, por Ayrton Baptista


O PMDB tem dois candidatos a governador. Ou será Pessuti ou Requião. É o que diz o presidente regional do partido, deputado Osmar Serraglio.  Ele enfatiza o fato de que uma candidatura própria fortalece o partido. Na entrevista que concedeu ao jornalista José Wille, da CBN, Serraglio não se limitou à defesa da candidatura do PMDB. Fez um balanço da posição do Paraná, membro da federação mais esquecido na devolução do que se produz para a nação, em contraste com as benesses que o Governo central dá a outras unidades.
No aspecto eminentemente político-eleitoral do Estado, Osmar Serraglio declarou voto em Orlando Pessuti e não poupou criticas a Roberto Requião por não ter permitido o surgimento de figuras de maior destaque, capazes de disputar o Governo do Estado em condições mais favoráveis. Requião, para Serraglio, tomou conta do PMDB e, com isso, criou embaraços no relacionamento com outros companheiros. Prova é a eleição do novo presidente, derrotando justamente a chapa encabeçada pelo ex-governador. Serraglio não nega as condições eleitorais de Requião, governador três vezes, prefeito, senador pela segunda vez. Isso tudo não se consegue sem voto. E Requião vai buscá-lo quando o candidato é ele. E alia-se à sorte sobretudo quando concorre ao Senado, já que nas duas vezes o pleito permitiu a eleição para duas vagas.
Embora vice-líder do Governo federal na Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio não poupa criticas à política central ao deixar o Paraná sempre afastado quando se trata de ver os Estados com o equilíbrio de quem participa fortemente com o crescimento do país. Coordenador da bancada do Paraná no Congresso Nacional, ele cita o exemplo de que, mesmo tendo vários ministros da Educação, não conseguimos federalizar até agora várias universidades regionais, todas de importância como indicam cursos que se encontram entre os melhores dos ministrados no país. Ressalta o presidente regional peemedebista o fato de ter o partido, hoje, o vice-presidente da República, Michel Temer. Político habilidoso, Temer fez da Câmara Federal seu principal palco, tendo presidido a Casa por duas vezes. E da linha de competência articuladora de um Ulisses Guimarães.
Pois, segundo Serraglio, O Paraná precisa levar ao vice de Dilma, reivindicações capazes de serem atendidas face a uma natural aliança política em torno dos temas paranistas.
Razão tem o deputado que hoje preside o PMDB do Paraná, é vice-líder do governo federal e coordenador da bancada do Estado no Congresso, aí incluindo os senadores Álvaro Dias, do PSDB, Roberto Requião e Sergio de Souza, ambos do PMDB, sendo este, suplente da chefe da Casa Civil, ministra Gleisi Hoffmann, possível candidata do PT ao Governo paranaense. Pois, então, Gleisi candidata ou ainda que não, pode juntar-se aos pedidos dos seus colegas de parlamento, como já o faz em certas circunstâncias. É cerrar fileiras com objetividade e acima dos partidos. Vale a observação para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, conhecedor dos problemas da pobreza nos arredores da capital desde que viveu em favelas da cidade.
O tema é recorrente. De muito tempo. Mas temos que continuar batendo na mesma tecla. E Serraglio, que alcançou posições expressivas, deve saber como encaminhar em nome dos parlamentares as seguras reivindicações  de todos nós. Isso independentemente de Requião e Pessuti, já que estes dois também lutam com o mesmo objetivo, ainda que por linhas travessas.
 *Ayrton Baptista é jornalista e dirige entre outros o www.abnoticias.com.br

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